Tintas para ambientes de saúde. Qual tipo usar?

Os ambientes para saúde possuem um uso intenso e contínuo dos serviços, o que gera constante higienização e manutenção. Além disso, alguns ambientes possuem higienizações terminais muito abrasivas. Para atender às demandas dos diferentes tipos de higienização e manutenção, as tintas utilizadas nas paredes e forros precisam ser corretamente especificadas. Nos ambientes para a saúde, de forma de forma simplificada, utilizamos basicamente dois tipos de tinta: a tinta acrílica e a tinta epóxi. É sobre as vantagens, desvantagens e correta especificação destas tintas que vamos falar neste post.

A tinta mais utilizada em ambientes para a saúde, a tinta acrílica é solúvel em água, tem secagem rápida e possui em sua fórmula resinas acrílicas, o que faz com que essa tinta tenha um alto grau de impermeabilidade. Sendo assim, a utilizamos pois esta possui boa resistência para lavagens e higienizações. Há também no mercado alguns fabricantes que oferecem a tinta acrílica com elementos antibacterianos e fungicidas na sua composição. O acabamento da tinta também é um importante aspecto de especificação, podendo ser fosca, semibrilho ou acetinado. O acabamento fosco não é recomendado para ambientes que possuam higienização intensa, pois é mais suscetível ao aparecimento de manchas. Dito isso, a grande vantagem a tinta acrílica, além das já citadas, é a sua facilidade para retorques e manutenções, por não se tratar de uma tinta muito espessa e ter secagem rápida.

Com alta qualidade e espessura em sua composição, as tintas com base em resina epóxi possuem alta resistência à umidade e a produtos químicos, alta durabilidade, são impermeáveis e de fácil higienização. Essas caracterizas as tornam indicadas para ambientes médico-hospitalares que necessitam de higienizações mais abrasivas, como UTIs, centro cirúrgicos, necrotério, entre outros. Há no mercado basicamente duas composições: as hidrossolúveis e as bicoponentes. A grande vantagem da hidrossolúvel é a baixa emissão de odores. Embora tenha muitas vantagens, a tinta epóxi requer mão de obra mais especializada para a sua correta aplicação, possui preço mais elevado que a acrílica e há a necessidade de manutenção contínua. Isso porque, com pancadas, ela pode trincar e os reparos não são tão aceitáveis. Às vezes é necessário refazer a pintura de toda a parede, lixar e pintar.

Todas as especificações para materiais em ambientes para saúde precisam ser feitas com base em vários fatores determinantes. Acredito que para as tintas não é diferente. Investimento financeiro, durabilidade, resistência à abrasão, manutenção e o aspecto estético são as características que devem ser avaliadas no momento de escolher o tipo de tinta correta para um setor. Não há uma receita exata, mas se for para simplificar eu diria: para áreas não críticas e semicríticas tinta acrílica, para áreas críticas tinta epóxi. Lembrando que esse é um contexto muito resumido e, dentro de cada grupo mencionado, há algumas especificidades que pode fugir a “regra”.

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